Jul 15
À medida que a agropecuária ganha importância econômica e social, pecuaristas brasileiros investem em soluções para aumentar a rentabilidade, a produtividade e a sustentabilidade das fazendas
No dia 15 de julho, o Brasil comemora o Dia do Pecuarista, em um momento de recuperação e crescimento da agropecuária de corte e leite nacional. Segundo maior produtor de carne bovina do mundo e terceiro produtor de leite, o país adota uma pecuária caracterizada cada vez mais pela presença da tecnologia dentro e fora da porteira.
Para quem atua nas cadeias produtivas, uma tendência é clara: o produtor que permanece no mercado e obtém os maiores aumentos de lucratividade é aquele que investe em tecnologia. Seja na produção de leite ou na de carne, as propriedades mais tecnificadas são aquelas que mais crescem, contribuindo não só para o sucesso de cada produtor, mas também para um dos setores mais importantes da economia brasileira.
E, quando o assunto é tecnologia, o melhoramento genético ocupa lugar de destaque, despontando como um catalisador para a produtividade e sustentabilidade das fazendas de Norte a Sul do Brasil.
Para especialistas do mercado de genética, as vantagens que essa tecnologia pode levar para os rebanhos bovinos são cada vez mais evidentes. “O pecuarista está investindo cada vez mais em tecnologia e genética e levando para dentro da propriedade. Com isso, a rentabilidade da pecuária está cada vez maior, em um mercado muito competitivo”, comenta o Coordenador de Produto e Atendimento ao Cliente Corte da ABS, Arthur Vieira.
Nesse cenário, centrais de genética se esforçam para oferecer ao criador as soluções desenvolvidas especialmente para obter não só o aumento da produção de carne e leite, mas também para direcionar o rebanho no sentido de incrementar a qualidade do produto final, beneficiando, assim, todos os envolvidos da cadeia produtiva até o consumidor final.
Além disso, vale destacar o potencial da genética para a sustentabilidade, em um contexto em que o cuidado com o meio ambiente e com a eficiência da utilização dos recursos é um tema cada vez mais importante: é que o progresso genético pode ser visto como o único insumo permanente que um produtor pode trazer para a sua fazenda – uma vez aplicado no rebanho, ele surte efeitos definitivos já a partir da próxima geração.
“É importante identificar as necessidades de cada propriedade”, enfatiza o Coordenador de Produto e Atendimento ao Cliente Leite, Fernando Rosa. “Depois desse passo, é possível desenvolver soluções e tecnologias para que o produtor alcance a rentabilidade por meio do progresso genético”, diz.
E o melhoramento genético pode ser obtido por diversas formas – do sêmen convencional aos embriões, caracterizados pela aceleração do progresso genético, passando pela genética sexada, que permite multiplicar as melhores fêmeas do rebanho.
O desenvolvimento de novas soluções e o aprimoramento de tecnologias já existentes é apenas uma face da moeda. Hoje, o produtor de leite ou carne tem a sua disposição um leque amplo de serviços, como consultoria, direcionamento de acasalamentos, avaliações genômicas e muito mais, que facilitam a tomada de decisão no dia a dia.
O resultado de tudo isso? Basta olhar para os rankings mundiais: o Brasil responde pela produção de mais de 34 bilhões de litros de leite por ano, situando-se como terceiro maior produtor do mundo. Além disso, a cadeia do leite é uma das principais fontes de emprego do país – são quase 4 milhões de pessoas envolvidas, distribuídas em 98% dos municípios brasileiros que participam na produção leiteira.
No caso da carne, o cenário também impressiona: somos o segundo maior produtor de carne bovina do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2022, a previsão é que o Brasil produza 9,85 milhões de toneladas de carne, a partir do abate de 37,7 milhões de cabeças de gado. As exportações deverão somar 2,6 milhões de toneladas – a maior quantidade do mundo.